domingo, 27 de setembro de 2009

Música e Livros

Estou quase certo que conseguiria sobreviver apenas com uma quantidade incontável de músicas e livros. Eu amo ler, eu amo escutar música. Acho que seria um feliz escritor ou um feliz músico, se fosse mais otimista à vida. No entanto, do que vale a certeza, não é mesmo?! Apenas sei que gosto de viver quando leio. Gosto de refletir quando ouço música. Acho que nesses momentos torno-me mais otimista – e depois retorno à realidade.

sábado, 19 de setembro de 2009

Me escondi – e fiquei.
Sem me importar com que o resto de tudo achava, sonhava, pensava, julgava.
Lá fiquei.
Havia várias guerras aqui: de sangue, de valores e outras que eu não sabia explicar o motivo. Por isso resolvi me esconder – e fiquei.
Como minha existência é a única , não há ninguém para me perguntar se quero retornar à vida normal. Não há nenhum cachorro latindo, tentando atrapalhar meu sono. Não há piadas, não há orgulho, não há nada; apenas eu.
reina meu dinamismo parado, minha maneira de pensar, meu jeito apenas. E eu sou compreendido, sou entendido, sou aplaudido, sou percebido – e para mim, isso já basta.
é longe... dura (o quanto eu quiser)...
Ladeira. Labirinto. Labirintite. Lagoa.
[Pois é onde eu sou íntimo das palavras e as tenho como amigas].

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Insano como eu

Minha barba falha, pouca ainda. Meu nervosismo constante. Meu querer. Meu não querer. Tudo isso indica uma imagem que às vezes eu não gosto: a de um prematuro rapaz em formação. Sim, estou em formação e cada dia me convenço mais disso. Ainda não sou suficiente. Ainda não sou só. Por mais que não queira, necessito muito de novas ideias, de novos conselhos, de auxílio. Porque sou frágil, e não me envergonha dizer isso. Aliás, o que pode realmente envergonhar um ser humano? O que pode envergonhar o ser humano mediante ao abismo em que vive? Abismo que é formado de desigualdade, de falta de amor, da falta de paz. Na minha opinião, penso que vergonha não deveria existir. Nem orgulho. Não há motivo, se somos todos iguais, se estamos no mesmo barco, se morremos das mesmas doenças, se choramos pelos mesmos motivos. Não há por que se constranger mediante ao mundo. E nunca haverá motivo pra se orgulhar. Nunca, nunca, nunca. Digo isso, porque em pleno meus imaturos 17 anos de vida, tenho aprendido muito. Muito mesmo. Tenho aprendido que não vale a pena viver para “ser alguém” ou para “não ser alguém”. Pois o protocolo de vida do ser humano é muito óbvio: não há nada para fazer de novo – não há inovação, nem superação. Se há um “novo” para buscar, não o encontraremos aqui, na normalidade. Será por outro olhar, por outra percepção. E o segredo de vida que o garoto de 17 anos acredita é esse: viver a vida com outras percepções. Novos horizontes, conforme tenho escrito diversas vezes aqui, em meu blog. Falo de fé, falo de sentimento, falo de reciprocidade, falo de ver a vida com outros olhos. Ver que não há melhor nem pior. Buscar sentido nas palavras, conhecer as palavras. Palavrear a vida. Humildemente, creio que o segredo está aí – mas não dêem tanta razão a um rapaz de 17 anos, insano como eu.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

À insignificância



Luz e palavra, luz e palavra, luz e palavra.
Som e sentido, som e sentido, som e sentido.
Vida, viver, viva.
Ver, não ver, escolher.
Palavra, palavra, palavra.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fé Cega

Não vamos enaltecer os olhos. Não. Os olhos enganam demais. Certo, veja bem: não são os olhos que nos limitam a “ver somente”? Não são os olhos que nos criam conceitos e ideias sobre o que é apenas visível? Sim! Pois então! São os olhos que mais mentem e enganam o ser humano. Eles nos fazem escravos da ideia-pela-metade, e, consequentemente, da vida pela metade. E vida pela metade é doida [doída] de ser vivida. Olho é armadilha, falo e repito.

Portanto faço um convite: vamos viver o inesperado, o curioso, o invisível. Porque o que se pode ver é muito simples e chato; não há dificuldade nenhuma de encontrar. Vamos buscar o que os olhos não podem ver. Novos sentidos, palavras a mais. Tarefa difícil e valorosa, e não traz consequencias que os olhos possam julgar boas. O ideal é fechar os olhos para julgá-las.

Atentem-se! Não precisam ser, especificamente, os olhos, os únicos instrumentos captadores da vida. É o convencional, mas não é único – e nem o mais eficaz. As coisas captadas pela alma são bem mais profundas. As pelo coração, então, trazem nova beleza à nossa vida.

Isso explica minha fé. Isso tudo me explica minha Verdade. Porque ela traz vida onde meus olhos não conseguem enxergar vida. Ela me enche de um amor que eu não posso tocar, inexplicável. Inexplicável mesmo, pois não há necessidade nenhuma de explicá-la. Além do mais, se quisesse fazê-la, não conseguiria. E não quero nunca ter essa pretensão. Ora, pois minha fé não é para os olhos. Não é palpável, não é entendível, nem explicável. Minha fé é a que os olhos conseguem apenas julgar louca. Mas digo: é na loucura que encontrei o melhor de mim e o melhor para mim, e isso nenhum olho compreenderá.

Digo isso.

Acessos