A vida
Não para ser vivida;
Entoada pelos quatro cantos
Gritada.
não, não.
A vida
para ser pensada!
Raspar seus vestígios
imagináveis de
pensamento.
Tempo, pensá-lo
não vivido.
Vida, pensá-la;
Como se pensa e Deus
em seus mais altos montes
em seu lugar intangível.
Cantos e contos:
como pensá-los?
Vida, pensá-la:
Como se pensa na mulher
E repensa seus olhos
E repensa seu corpo,
Que é puro fruto
Da imaginação.
Pensá-la como se pensa
num ausente.
Não vivida
divida
entre versos e prosas
fatigadas.
Pensar apenas
o pensamento
Da vida e da loucura
de nunca ter razão.
Pensá-la.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
resultados
Esse meu jeito
estranho
jeito
Esse meu jeito
ainda vai
ainda estranho
tão estranho
ele vai.
Esse meu jeito estranho um dia vai
me matar.
estranho
jeito
Esse meu jeito
ainda vai
ainda estranho
tão estranho
ele vai.
Esse meu jeito estranho um dia vai
me matar.
terça-feira, 1 de junho de 2010
De Cecília*
Não canto porque a voz não existe
minha vida está incompleta, escorreu pelo cano
Não sou alegre nem sou triste:
sou humano.
Filho da solidão
não sinto nada, nada e mais nada
qualquer dia, não um vento, um furacão
me mata!
Se cresço, não construo nada
Se vivo, assim, desmorono
Desisti de entender essa vida
Morri! Que sono...
E sei que sou assim: apenas um palpite
uma canção inacabada
um poema sem limite
a vontade que foi roubada.
E a Cecília que me perdoe:
- não sou nada.
-
* Este poema é uma homenagem à grande Cecília Meireles (1901 - 1964). Trata-se de uma, digamos, paródia, uma releitura, do poema "Motivo" da autora. Deixo claro minha admiração pela poesia de Cecília. Certo? Que fique bem claro novamente.
Quem quiser ler o poema original, poderá fazê-lo clicando aqui
minha vida está incompleta, escorreu pelo cano
Não sou alegre nem sou triste:
sou humano.
Filho da solidão
não sinto nada, nada e mais nada
qualquer dia, não um vento, um furacão
me mata!
Se cresço, não construo nada
Se vivo, assim, desmorono
Desisti de entender essa vida
Morri! Que sono...
E sei que sou assim: apenas um palpite
uma canção inacabada
um poema sem limite
a vontade que foi roubada.
E a Cecília que me perdoe:
- não sou nada.
-
* Este poema é uma homenagem à grande Cecília Meireles (1901 - 1964). Trata-se de uma, digamos, paródia, uma releitura, do poema "Motivo" da autora. Deixo claro minha admiração pela poesia de Cecília. Certo? Que fique bem claro novamente.
Quem quiser ler o poema original, poderá fazê-lo clicando aqui
Assinar:
Postagens (Atom)