domingo, 25 de julho de 2010

Todo esse


Eu sou imenso. Em mim se absorve todos os tudos e nadas do mundo. Carrego os medos nas costas mas não tenho o medo de sofrer – não me foi dada uma escolha.

Eu carrego uma vida dentro de mim. Eu carrego tudo dentro de mim. Tudo e nada. E também Deus habita em mim.

Eu sou o mundo. Eu as pessoas. Os amigos. As dores. Ah como eu sou. Eu sou a fé. O ódio, o amor, o amigo. Sou inseto, palavras, choro. Sou a mais bela feiúra e a mais triste pintura.

Tudo. Nada. Tudo. Tudo, nada.

Eu sou imenso: não se assuste.

Paixão incerta, poesia precoce, poesia eterna

Menina, acho que estou apaixonado por você. Não confunda as coisas, pois eu sei – e espero que você também saiba – que paixão é bem diferente de amor; sei que paixão dura pouco e é pouco sólida, mas, confesso, estou amando essa sensação. É tudo tão novo, é tudo tão bom. E é diferente, pois, saiba, nunca senti isso antes.
Ontem eu sonhei com você. Algo sobre beijo, algo sobre abraço.
Espero que tenha uma ótima semana, apesar de saber que as semanas são difíceis, duradouras e às vezes sem vírgulas, pontos, e palavras bonitas. Tem semana que é só sofrimento!
Ah, menina, mas já me embananei todo. Então termino aqui. Espero que você fique feliz em saber disso, mas se não ficar eu não ligo.
Um beijo.

-

Menino, eu também te amo. E sabe, sempre tive uma quedinha por você. Acho que a gente tem tudo para dar certo e fiquei encantada com suas lindas palavras. Acho você um poeta!
E quem diria: você caladinho na sua, alimentando uma paixão.
É o que eu sempre digo: com o coração não se usa a razão. Falo e repito.
Espero outros bilhetinhos seus.
Beijos, beijos, beijos.

-

Ah menina, tudo está tão bom.
Encontre-me às tantas horas em tal lugar.
Ah, você tem razão: não se manda no coração mesmo.
Vários beijos pra você também.

-

Te amo muito. Você é tudo para mim.
Lindo o nosso encontro... E que ele se repita por muito tempo.
Beijos, meu amor.

-

Menina, bonita, menina
Coração de corpo
Boca de mundo
Seu jeito, menina
É bonito demais
Meu pobre ser
Não pode suportar
Essa paixão, linda paixão.

Antes, menina, eu sofria
Mas agora sofro muito menos
Bem menos
Bem menos
Quase nada
Muito pouco
Quase nada, menina
Não sofro nada...

Adoro o seu jeitinho.

domingo, 11 de julho de 2010

Bem bonita

Quem dera
ser compositor das horas felizes
ser poeta das perdições
acalmar os corações
que tanto insistem em insistir.
Ah, quem me dera!
Sentir assim
mais intenso
o revoar dos seres minúsculos
e invisíveis...

Ser assim
Um pouco mais dócil
com o açúcar inexplicável
que nem se sabe quando adoça
e se adoça,
quem me dera saber.

Poderia eu entender
alguma coisa sequer sobre o ser humano,
alguma coisa sequer sobre a mim mesmo?
Alguma vez
Alguma coisa
esse mar de homens
Perdidos, todos perdidos, todos
Mas não!
Sou assim: estranho!
Quem me dera, meu Deus...

Talvez seja noite o dia em que eu morrer
Quem me dera saber.

Saber se vai chover
Saber o fim da guerra
Conhecer o instante final
O placar final
Dos pontos, dos gols, das vidas
Vividas, sentidas, marcadas
Quem me dera.

Quem dera saber a fórmula
da surdez da alma.

Pudera eu escolher alguma coisa
nessa vida
Seria um pouco mais feliz.

Ah, minha agonia
essa agonia
Essa solidão...
Quem me dera poder fazer
versos maduros
Como todo poeta consciente,
poeta que não sou.

Quem me dera ser poeta
de verdade
desses que a gente sonha em ser
Com verso, rima e tudo
Mas sem essa tristeza
Que é pra eu ser mais feliz...
Ah quem dera...

domingo, 4 de julho de 2010

Pátria amada, Brasil

E que haja uma nova pátria em você, Brasil!

-

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!*


*Hino à Bandeira nacional

Patriotismo

Em tempos de Copa do Mundo de futebol, há um enorme patriotismo e amor à nossa pátria. Patriotismo que faz o comércio se fechar, os chefes liberarem seus funcionários , entre outras coisas que não se vê – não que eu me lembre – em outra época.

É impressionante como um torneio esportivo pode influenciar tanto a vida das pessoas. A religião e a política invejam o futebol nesse sentido. O amor ao esporte no Brasil é peculiar e, felizmente ou infelizmente, se resume a futebol.

Esse patriotismo em tempo de Copa é criticado por muitos, os mais intelectuais, e leva-me a uma reflexão ainda maior, e mais intelectual ainda: Falta-nos Pátria.

Não falo dos brasileiros, não falo do Brasil. Me refiro ao ser humano contemporâneo. E me refiro, com a cabeça quente, a uma pátria subjetiva que na qual está se está inserida os valores, as vontades, os medos, os limites.

Perdemos nossa noção, estamos perdidos. Tão perdidos ao ponto de não nos reconhecermos mais. Se duvida, pergunte a uma pessoa quem ela é e tente escutar uma resposta precisa.

Nossos valores não são mais valores; são memórias. Nossas vontades não são mais vontades; são necessidades. E o nosso medo é um anseio. E não temos mais limites.
Há que existir uma pátria, mas ela não existe. Há que existir um lugar onde o ser humano, repleto de sua individualidade, se encontre, seja acolhido, seja entendido, reforce sua mentalidade.

Há que existir uma pátria para cada um de nós: mas não existe. Pátria muito mais profunda.

Houve a religião (disfarçada de Deus) que tentou oferecer uma pátria o ao ser humano. Bem que conseguiu, mas não consegue mais.

O ser humano assiste sua independência a cada dia. Está cada vez mais desgarrado e só. Está matando cada vez mais. Está desinformado cada vez mais. Está amando cada vez menos. Isso é impressionante! O que tem prevalecido são os instintos. E só. Sorte aos comerciantes e donos de motéis.

Há que haver uma pátria. Amada, idolatrada, salve salve. E que salve mesmo.

Há que existir uma pátria capaz de trazer esperança e vontade. Uma pátria que, em mim, talvez, me ajudaria a concluir esse texto.

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